O eco nasceu no quarto pequeno. O piso, os armários de parede e eu ficamos a sentir o vento gelado que tomava conta do espaço antes tão colorido e quase apertado… A sexta-feira entardece entre prédios ao horizonte coroados pelo laranja forte e o azul degradé. Da janela ouço algum cachorro, outro carro e movimentos de chegadas e partidas.

Demoradamente olho o quarto, a rua, as pessoas, as lojas, as flores, as árvores, as escolas e tudo, tudo segue. Daqui alguns dias não estarei por aqui e o dia vai nascer, a noite vai nascer, as crianças vão crescer…

Meu coração é invadido por imensa gratidão pela cidade que me  acolheu e nutriu. Levo cada olhar dentro.